A Samarco injetou lama em minha veia
A Samarco acredita no progresso
Ó Samarco, o seu nome enlameia
Qualquer oração que rime com sucesso.
É, Samarco, azedaste o Rio Doce
Sim, Samarco, estragaste o habitat
Ei Samarco, a reparação que fosse
Não repararia o mal que aí está.
E agora, ó Samarco, que me dizes
Depois deste ato insano e terrorista?
Rio Doce vê suas margens tão tristes
Esperando a lama deixar de ser vista.
E a vida, ó Samarco, que havia?
E a vida que às margens lá reside?
Vai Samarco, pavimentar tua via
De desgraça, que não encontrará revide.