Seus rodopios no salão davam o tom para a minha cabeça, que girava o mundo tentando lembrar onde mais eu tinha visto algo tão fascinante.
Quando você parou de girar, também parei e concluí que, de fato, aquilo era único. Você e seus detalhes. O conjunto da obra.
Seus sorrisos e faíscas eram o chamariz: no palco, os artistas comerciais; abaixo, você, a artista natural atraindo mais olhares que aqueles do cartaz.
Até a lua tentou ganhar a noite com seu vestido dourado, mas ela esqueceu de te pedir pra ficar em casa…pobre lua. Rico eu.
Milionário; que fortuna é ver você. Cego que fosse, ainda sentiria tudo que você representa ao tomar o espaço como se dali fosse dona.
“Bela, requintada, meu lar”. Você agora é morada da minha inspiração.