Na minha centésima publicação aqui,
nada mais justo que uma edição desta série…
Num dia, a vida me bate
Em outro, só me presenteia
O mundo me pesa em quilate
Se a ele ofereço a veia.
O mundo me dá o seu trigo
E, às vezes, me rouba o fermento
O pão que eu levo comigo
É frio, mas não me lamento.
Eu canto e até bato asa
Mas o mundo não me atende;
Procuro uma voz que não casa
Pra uma canção que não vende.
O além do além-mar nada diz
Pois lá eu não vejo o meu xis
O barco pirata descansa
Enquanto não vem outra andança.