Há muito tempo, eu queria publicar “Linha de Costura”, mas os recentes desafios e outras inspirações mais urgentes que surgiram não permitiram. Mas hoje finalmente ela está aqui.
Querer você não é uma questão de querer…é involuntário, é movimento peristáltico, é criança e brinquedo.
Você é um brinquedo no outro lado da vitrine; a vida é minha mãe me dizendo que na volta a gente leva.
Você é a volta do sentimento do querer sem poder; eu sou aquele cujo querer é torto.
Você é a tortura escondida na beleza e na virtude; eu sou o suspeito.
Você é a suspeita de ser Deus encarnada em mulher; eu sou um mero mortal.
Você mata temporariamente os problemas quando está por perto.
Querer você é estar a um palmo de um precipício; um passo a mais e nada mais.
Amar você é procurar vida longe da Terra: um desperdício. Mas ainda assim eu sou teimoso e lhe amo, pois a curiosidade e o desejo humano não têm barreiras.
Dormir e não sonhar contigo é morfina de graça para uma doença crônica: uma raridade e um alívio.
E seria um alívio não te querer.